Muita calma nessa hora! Crise com servidores é insuficiente para derrubar popularidade de Allyson

Quem não gosta do estilo de governar do prefeito Allyson Bezerra (SD) enxergou na crise criada pelo próprio burgomestre com os servidores municipais uma possibilidade e derrubar sua popularidade estratosférica.

Allyson tem 86% de aprovação na última pesquisa Seta divulgada pelo Blog do Barreto em outubro do ano passado e o mesmo índice na TS2 apresentada pela TCM em dezembro de 2022.

A única pesquisa de 2023 foi do Instituto Logos, divulgada pelo Blog Diário Político, apresentou 77% de ótimo/bom, um desempenho espetacular.

Com esses números é ilógico acreditar que uma crise isolada derrube a popularidade do prefeito. Ela provocou desgaste, minimizou a agenda positiva do Mossoró Cidade Junina e criou problemas que mais a frente podem gerar consequências como a união dos sindicatos e das oposições. Além do vazamento de informações negativas por parte de efetivos que passaram a ter antipatia pelo prefeito.

Mas para derrubar uma avaliação positiva é necessário um conjunto de fatores. Por enquanto não há, embora considere que a gestão tenha alguns problemas sérios com relação à buraqueira nas vias públicas que vem sendo minimizada com obras pontuais.

Isso é pouco para derrubar a popularidade. A queda da avaliação de um governo costuma ser um processo lento e gradual.

Veja o exemplo do prefeito do Natal Álvaro Dias (Republicanos). Em 2020, ele tinha aprovação de 65% no Instituto Seta. Em maio deste ano ele apareceu  com 33% de avaliação positiva neste mesmo instituto. Foram três anos para ele cair 32 pontos percentuais. Para isso pesaram escândalos de corrupção, crise no transporte público, envolvimento em polêmicas nas eleições do ano passado, enfrentamento com os servidores, buraqueira, crise na saúde e outros problemas.

Foi um conjunto de fatores tão avassalador que nem a blindagem midiática do prefeito foi suficiente para conter o derretimento da popularidade de Álvaro. Ainda assim ele continua sendo um ator importante na eleição de 2024.

Já Allyson, na maioria das vezes, administra os problemas sem desgaste no debate público e agora conta com R$ 200 milhões financiados junto à Caixa Econômica Federal que cairão como uma luva. São R$ 80 milhões agora no segundo semestre e mais R$ 120 milhões ano que vem para fazer investimentos que vão ajudar a diluir o desgaste.

Não existe bala de prata em política e se a oposição quiser vencer terá que se organizar e definir uma agenda no debate público para confrontar o prefeito.